sexta-feira, 23 de julho de 2010

Pego carona no pensamento, me prendo em sua calda como o pequeno filho de rei faz com um cometa. E ele me leva, me puxa, me arrasta. Me deixa nas nuvens e me solta por lá, até eu me dar conta que é tudo um sonho, ou mera imaginação. Tudo ilusão. Daí tenho que descer até a terra, ao campo da realidade, que, cá entre nós, mas parece um campo de guerra, mas tenho que voltar pra cá, e sozinho!, o pensamento não me traz de volta, ele só pode me levar, como um elevador quebrado. Acho que nunca irei querer consertá-lo de verdade. Talvez seja assim mesmo, talvez seja assim que eu gosto.

Enquanto isso, enquanto estou por aqui com vocês, vou tentar construir uma pequena cabana de paz entre essas tantas montanhas. Talvez uma ilha seja mesmo melhor.
Câmbio, desligo.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Eu posso lhe dar uma passagem pro céu, te encher de felicidade, te fazer ultrapassar as nuvens, mas lembre, é alto. Posso te fazer ver coisas que julgas como impossiveis, cantar contos infântis, te fazer ouvir coisas que não pode nem imaginar, posso até lhe mostrar alguém pelo qual você deve se apaixonar. Posso te fazer cantar, sorrir ou chorar. Te fazer me falar sobre ele que tanto te segue nos sonhos, ou sobre ela que tu tanto imagina amando. Posso te fazer parar de imaginar e ter a sensação de viver à sonhar. Posso te fazer viajar.

Se você aceitar é só me chamar, faça direitinho que eu vou chegar e te buscar, vou te levar pro céu e lhe dar quem você mais queira amar. Mas, preciso confessar, não sei se sou forte o suficiente pra te fazer descer sem se machucar, então, acho que o único jeito de descer é se jogar.. Não sei se vale a pena arriscar.

Câmbio, desligo.