quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Um buraco pro céu.

Sim, procurei fugir um pouco de mim. Encontrei aquele buraco profundo dentro da minha alma que alguns acreditam existir. Tropecei no buraco e quase cai. Parei na sua beira e tentei olhar no fundo, ledo engano, não percebi que esse buraco era um buraco negro de pensamentos. Como seu primo do universo, ele é denso e de tão denso que é, é quase nada. Sugou meus pensamentos como um desentupidor de privada velha. Grudou meus pensamentos em seus tentáculos invisíveis e os jogou lá no fundo sem fim de algum lugar desconhecido. Sim, fiquei sem pensamentos. Fiquei fora do jogo. Sem sentimentos. Não em meu todo, mas numa pequena parte de mim que faz muita diferença. Eu não sabia o que fazer. Muito menos o que pensar. Continuo desse jeito. Talvez estejam concretizando aquele que bombeia sangue dentro de mim, não sei. As vezes acho que escuto barulho de obra no meu interior, talvez seja isso. Esses operários devem ser fruto do espaço vazio deixado por meus pensamentos sequestrados.

Já sei. Vou cavar tão fundo que vou chegar no céu. Passar pelo inferno, pelo Japão e o que mais tiver na minha frente. Não me pergunte porque não tento subir, não saberei responder. Acho que é só vontade de saber dar valor a um nascer do sol. Ou só maldade minha mesmo. Vai saber, sou tão esquisito.

Câmbio, desligo.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Universo Pararelo

É verdade, acredito em universo paralelo. Uma outra dimensão. Acredito num paraíso sincero, lugra de paz no coração. E por vezes tento escapar pra lá. Coloco a mão na moldura e tento puxar o corpo, mas meu corpo é pesado e lento, e o vento é forte me fazendo cair na realidade fria. Mas, teimoso do jeito que sou, não desisto. Já tentei de todas as formas chegar por lá. Já procurei avião, ônibus e cogitei nadar. Mas nada me fez alcançar, quem sabe se algum dia irá.

Preciso voar.

Câmbio, desligo.