Ele estava lá. Sentado sozinho num banco de pedra. Frio. Ele sentia frio. E um vazio, um certo vazio que teimava em não se preencher. Talvez fosse só a camisa, que por ele esta inclinado pra frente, não tocava seu peito. Talvez fosse a adrenalina no corpo, ou a razão na mão. Ele já não sabia ao certo. O idiota continuo sentado por vários minutos, parecendo que tinha matado alguém com aquele rosto de dor. Pura besteira. Ele foi tão idiota que não percebia que não tinha nada a fazer. Pura ingenuidade daquele pobre garoto egoísta. Era culpa da sua vontade de ajudar, de querer proporcionar o melhor, que ele destruía o que foi bom. Coitado, e enquanto tentava consertar esmigalhava. Gerava dúvida. As dava asas, mesmo sem saber. Pobre animal sentimental.
- Garoto bobo, você não pode ajudar tão de perto pois o problema é você, idiota.
Ele acreditou e levantou. Saiu, mas dessa vez não cantarolou.
Se foi, calou. Pensou, mas não falou. Decidiu sumir, não se achou.
Câmbio, desligo.