domingo, 28 de novembro de 2010

O céu, as estrelas.

Eu tenho medo de olhar pro céu. Medo de ser puxado por aquela imensidão, de ser sugado pela luz das estrelas ou pelo silêncio que emana de lá. Sabe, não gosto de ficar sozinho com o céu, é.. Ele parece me olhar de uma forma estranha quando não olho pra ele, e quando o olho, me faz viajar por tantos lugares profundos da minha memória, que eu já tinha até esquecido. 

É que quando fico ali, olhando pra cima, eu não consigo controlar meus pensamentos, eles simplesmente me dominam, ou melhor, se rebelam e fazem uma bagunça enorme em mim. Talvez seja só as estrelas, ou a lua.. Talvez seja o nada, ou nada seja.
Câmbio, desligo.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A janela do meu quarto.

Será que a culpa é dessa noite que desce e não traz nada de bom? Ou da minha janela, que tanto muda mas nada de novo me apresenta? Olho tantas vezes por ela, sim, por essa janela. Já vi muitas chuvas chegando, algumas poucas estrelas candentes, já vi as luzes da lua e do sol. Mas não sei, parece faltar algo quando me perco olhando pra ela. Nâo sei se nela ou em mim.

Hoje a noite esta linda, escura.
Minha janela esta calma, sem lua.
Câmbio, desligo.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Um papel abandonado

Fiz do coração espaçonave e visitei muitos planetas. Fiz da minha vida liberdade e flutuei como um cometa. Transformei meu sangue em água e minha pele em ventânia, fiz de mim tempestade e percorri o mundo noite e dia.

Vesti um sorriso bonito e decidi ser correnteza, me aprofundei nas profundezas mais profundas da mais baixa profundidade, fiz tudo isso de propósito, sem maior finalidade. Tentei correr, correndo uma corredeira que corria, fui tão devagar que uma tartaruga vagarosa conseguiu vagar sozinha na dianteira da corredeira que eu pensava que ta vazia.

Parei num canto sozinho, sentado numa árvore isolada, ouvindo o canto de um passarinho com uma melôdia engraçada. Foi ali, naquele cantinho, que encontrei o meu lugar. Um papel rasgado e sozinho, esperando alguém chegar.

Cheguei.

Câmbio, desligo.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Vital

Esqueça esse baixo astral que teima em lhe seguir.
Seja feliz, vá se divertir.

Não alimente a raiva, seja legal. 
Levante a cabeça, enfrete o mal. 

Porque isso é vital para o bem do seu coração. 
Purifique sua alma com amor, use a alegria pra limpar a dor.

Não desista de você.
Isso, pro seu coração, é vital.

Câmbio, desligo.

domingo, 24 de outubro de 2010

Nas entrelinhas.

Quando o coração sente um aperto bem forte. Quando sol já não aparece no norte. Quando a chuva parece não desistir.. Os segredos pra ser feliz estão ali. Escondidos nas entrelinhas da vida, esperando de uma forma discreta você olhar.

Quando o mundo lhe tirar algo do qual muito gostava, lembre de dar valor ao que ainda possui.

Câmbio, desligo.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Paciência

Temos casas cada vez maiores, mas familias menores. A cada dia temos mais medicina, mas a todo instante que se passa, menos saúde. Multiplicamos cada vez mais nossas posses, mas reduzimos mais ainda nosso valores. Amamos raramente e odiamos com muito mais frequência. A cada segundo aprendemos o melhor jeito de ganhar a vida, mas nunca aprendemos a viver esta vida da melhor forma, a desfrutar da melhor maneira. Adicionamos anos e mais anos a extensão de nossas vidas, mas nunca adicionamos vida aos poucos anos que nos restam. Fizemos e sempre queremos fazer coisas maiores, mas nunca coisas melhores. Tempos esses em que a paz mundial é almejada de uma forma absurda, não nos deixando ver que a maior batalha é dentro do nosso próprio lar. Temos em que o lazer é cada mais maior e a felicidade menor. Onde demonstrar um sentimento se resumiu a duas palavras: te amo. Onde as grandes coisas demoram segundos pra terminar, enquanto as pequenas esperam eternidades pra acontecer. Tempos em que em que não me conheço, nem você à você.

Tempo que há muito na vitrine, mas cada vez menos no estoque.

Paciência.

Marcus Victor Cavalcante

Texto do meu irmãozinho Marquinhos! Gostaram? Aguardem os próximos!

http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?origin=is&uid=6471903482623685906

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Téo e seus vários dinheiros.. e o Estatuto da Igualdade Racial

(Ok, me desculpem, mas vou falar de politica sim)

Estou abismado com essa campanha do Téo. Na verdade, a campanha pra chegar no Palácio Floriano Peixoto tá uma negação. É ataque de lá, ataque de cá e proposta quase nada. Os lugares estão trocados, propostas nessa eleição são só flashes, de leve, os ataques é que são constantes.. Isso vai render um bom número de processo pra ambos os lados. Mas, voltando, de onde vem tanto dinheiro?  O Tal Téo tá brincado. É dinheiro demais. E de onde vem? Eu sei de onde vem, preciso mesmo falar pra vocês?

Outra coisa, agora a nivel nacional, viram aquele Estatudo da Igualdade Racial do programa da Dilma? P***. A raça é uma só! Raça humana e pronto. Se for dividir os seres humanas por raças, já não é discriminação? Em raças se distingue os cachorros. Pastor alemão, Poodle, etc. Humanos não! Somos de uma raça só. Bom, continuo votando em Dilma, mas achei uma bela de uma mancada esse Estatuto.

De leve, não quero espantar vocês daqui não. Mas tinha que falar algo.

Obs.: nem todo preto é pobre, nem todo pobre é preto. fica a dica, ok? e somos pretos mesmo! não negros! preto! a cor num é essa? não faço questão que me chamem de negro, os outros num são brancos, amarelos, vermelhos? porque eu tenho que ser diferente? sou preto. bye.

Eu não sou bonzinho.

Quer saber de uma coisa? Eu não sou bonzinho. Nunca disse que sou. Sinto raiva e as vezes o sangue me sobe pro olho. Eu tenho compaixão, mas a controlo bem e quando quero ser mal, não é ela quem consegue me impedir. Não acho que os fracos devam vencer, o mundo é dos mais fortes mesmo. Não dos mais fortes em musculos, ou coisa e tal, mas os mais fortes em mente. Os melhores. E eu sou um desses, ou serei. Humildade? Claro, mas uma dosezinha de arrogância faz bem pra qualquer um, mas cuidado pra não virar viciado. Sabe, eu não sou bom mesmo, nem um pouco. Talvez eu seja terrivel. Maldoso. Mas eu busco ser justo, mesmo que vingativo. Será que 'mesmo' é mesmo a palavra correta? Quem sabe ser justo e vingativo não seja normal. Não sei. Só sei que eu não sou bom. 

Talvez eu seja, mas prefira achar que não só pra tentar me achar mais forte, mesmo lá no final sabendo que sou fraco e covarde.
Ou é tudo mentira, só estava confundir vocês.

E agora?
Câmbio, desligo.

domingo, 17 de outubro de 2010

Só cai quem tá no alto.

Uau, meu corpo não pesa mais. Não muito, (ok, ele nunca pesou muito) quase nada. É como se algo me puxasse pra cima, mas de um jeito bom. É parecido com boiar, sabe? Só que é mais livre ainda. Você desce, sobe, vai de um lado ao outro sem se esforçar. Gira, dá cambalhota, vai lá em cima só pra cair numa espécie de queda livre onde você livra sua vida no último instante só pra sentir o coração acelerar. É um tipo de nirvana, sei lá, uma sensação de topo de tudo. É o ápice da liberdade. Do descomprometimento. Extinção dos obstáculos. Você vai por ai, pra onde quiser, o mais alto que conseguir. E lá estava eu, sentindo tudo isso. 

Estava voando sem destino algum, só pelo prazer de voar. Mas tudo começou a escurecer, não sei explicar, ficando cinza e turvo. Eu estava perdendo altitude. Droga, eu estava caindo! Tentei lembrar como é que fazia pra continuar no ar, não teve jeito. Splash!, acordei.
Odeio acordar desses sonhos. É como se caisse de um lugar bem legal direto no meu corpo sobre minha cama, arh. Desânimo. Mas é bom lembrar uma coisinha, né? Só quem pode cair é quem tá no alto.

Câmbio, desligo.

We go find you! (8)



Ai em cima tá o origi, em baixo o remix! Muito foda.



Muito muito muito bom.

sábado, 16 de outubro de 2010

Meus olhos, janelas?

"Os olhos são as janelas da alma". Ouvi isso tanta vezes que cheguei a acreditar. Vi tantas almas através de tantos olhos que tive que chorar. Observei tantas dores, lamentos e amores que não dava pra duvidar. Mas, se isso é mesmo verdade, onde minha alma está? Procurei por tantas vezes mas só vejo um olho frio, negro como o breu, opaco e congelante. Vejo um olhar que não diz nada, não grita, não chama, nem diz não. Minto, as vezes ele até puxa, tamanha sua escuridão. Vejo meu olhar como um buraco negro sem aquela atratividade toda. A semelhança é só ser negro,.. e vazio? Talvez. Mas, rezo pra que a frase supra citada não seja a mais pura verdade, se for, temo por minha alma. Será que ela já não existe mais? Será que em todo esse pouco tempo já consegui fazer sumir? Dramático demais isso. Na verdade, só acho que meus olhos são pretos. E olhos pretos não transmistem a alma. Talvez os verdes transmitam, os azuis e castanhos. Mas os pretos não, não os meus olhos pretos. Não os meus.
Ou será que a culpa é do meu espelho?

Câmbio, desligo.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Eu machuco (me machuco).

Posso até ser bruto, mas sei ser carinhoso. Sei ser macio ou áspero, mas tenho que admitir, minha maior parte é cortante. Por isso tento manter as pessoas longe, pois quando corto alguém acabo por mandar uma parte de mim pra lá, e isso dói. As vezes acho que estou sumindo de tantos filetes que distrubui por ai. Em outras, passo uma lixa na mão pra poder fazer carinho. Arranco todos aqueles pedaços que poderiam machucar e os jogo fora, não em ninguém ou alguma coisa, só fora, acabo os perdendo, e mesmo que eles fizessem mal, eles eram meus e fazem falta, me fazem sentir uma pontada aguda de saudade. Pois bem, arranco essas partes incompreendidas só pra poder enxugar uma lágrima ou ajeitar um cabelo. Sei, é esse meu jeito. O pior de tudo é que na maioria das vezes as lágrimas são culpa minha e a dessarumação também. 

Tenho esse espirito de furacão que passa e devasta tudo. Meu maior problema é quando vou embora. Porque enquanto estou passando deixo as coisas no ar, voando livres e leves. Mas no meu rastro bagunça é constante. Entulhos de almas e pedaços cortantes do meu espirito ficam na espreita.
As vezes eu acho que só queria escuridão, calma e uma cama confortável. As vezes acho que estou errado, em outras tenho certeza.

Câmbio, desligo.

"Eu tou pagando, eu quero comprar o Naiti Bruiqui"



Você já comprou o seu Naiti Bruiqui?

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Back'in up! Back'in up!




s

Não dava pra não postar isso.. kkkkkkkkkkkkkkkkkk assistam!

Ensaiar ou não errar?

As vezes me bate uma vontade de cantar, de gritar, correr. Bate uma vontade louca de viver, ser feliz, sofrer. É só uma vontade de sentir o sangue correndo nas vêias enquanto corro por algum lugar.. vontade de ir pro mar e amar, amar. Enquanto eu corria percebi uma borboleta velha, parecia que o vento a tinha tirado pra uma dança sem música, nem ensaio. Só aquela melôdia silênciosa que vem e volta pelo ar. Percebi o quão leve aquela borboleta dançava, o quão relaxada ela estava, mesmo sem ensaiar ela não errava, na verdade, era exatamente por não haver ensaio que aquilo era tão conexo, espontâneo, livre das regras e dos planos. Aquilo era só o vento e uma borboleta velha, que um dia fôra uma largata, dançando sem ensaio e sem música, sendo guiados pela melôdia da vida.

Câmbio, desligo.

Perseguição em SP



Meu Deus, o comandante Hamilton estava mesmo envolvido na perseguição? Em alguns momentos pensei que ele ia chorar. Sim!, mas a perseguição é irada.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Portal de Pirilimpimpim, para o menino que comia cebola!

Eu tinha retirado os comentários.. Pelo jeito quem achava um meio de comentar acabava enviando um email. E foi um desses emails que me fez reativá-los. Não sou tão egoísta assim pra guardar um comentário-texto desses só pra mim.

Lá vai. Aproveitem!


Portal de pirilimpimpim, para o menino que comia cebola!
 
 

Já experimentou a meditação?
E caminhar sozinho,
de pés descalço,
numa praia deserta,
com as ondas do mar molhando seus pés, 
a luz suave do pôr do sol aquecendo seu corpo,
a brisa leve do dia que se prepara para dormir tocando sua pele suavemente
e vc respirando tudo aquilo,
como se fosse o sopro divino invadindo sua alma,
te enchendo de paz e vida?!
 
Ah! E gritar e depois sorrir bem alto,
depois chorar por quanto tempo for preciso e então jogar o corpo de qualquer maneira,
numa louca dança, onde não existe ensaio, portanto não existe erro,
tudo tá dentro do tempo, do ritmo e do compasso,
criando uma melodia harmoniosa com você e o mundo a sua volta,
desatando os nós, criando espaços vazios pra serem preenchidos com amor, luz e paz...
 
E sentir cheiros? Sim, concentrar-se nos cheiros, saborear os cheiros, vivenciar os cheiros?!
Adoro os cheiros, porque me parece que de tudo que vejo, sinto e toco,
são os aromas que de fato "entram" em mim, literalmente entende?!
Tenho que respirar pra senti-los.  E se não respiro, não estou viva.
Mas respirar apenas não é suficiente,
é preciso perceber pra poder sentir seu efeito de pó de pirlimpimpim!
Você não sabia? Jura?! Fala sério! Vc não sabia que os cheiros são feito de pó mágico, de pequeninos grãos invisíveis de magia?
Capazes de abrir um portal que pode nos levar pra lugares inimagináveis?!
Pra mim, cheiro de manga madura, abre um portal que me leva pra uma ilha no meio rio São Francisco,
cheiro de terra molhada me leva pra uma ruazinha estreita, de calçamento,
onde várias crianças pulam alegres embaixo das biqueiras das casas, enquanto suas mães ficam “pré-ocupadas” com o resfriado.
Cheiro de móveis antigos me abre um portal mágico,
que me leva ao sótão da antiga casa do vovô João e da vovó Vicentinha,
então eu vejo crianças sapecas,
subindo as escondidas um velha escadaria de madeira em busca de um tesouro escondido
e logo depois viajo mais rápido que a luz para porão de um misterioso teatro.
Dizem que os espíritos dos antigos artitas que já se apresentaram naquele palco,
ficam aprisionados alí pra se sentirem livres
e a cada espetáculo, interpretam, dançam e cantam,
festejando e abençoando os novos artistas,
que continuam dando vida ao grande palco de madeira,
com suas pesadas cortinas de veludo vermelho, 
alimentando de luz aquelas almas perdidas…
Humm, cheiros….  Infinitos cheiros…. Portanto cuidado, muito cuidado na hora de escolher
os aromas que você quer inalar, futuramente, eles podem se trasnformar em portais mágicos!
 
Arilene de Castro



Só pra vocês terem certeza, eu sou o menino que comia cebola (e muita, e crúa). E essa é minha tia, maravilhosa não?


Desfrutem!

domingo, 10 de outubro de 2010

É só raiva, nada mais.

É como se tudo explodisse por dentro, mas minha pele é dura, não deixa nada passar. É como se o fogo ardesse dentro de mim, mas meu rosto é frio, nada vai mudar. É como um vulcão em erupção clareando tudo numa luz vermelha que queima e maltrata, mas meus olhos são negros e nublados, não dá pra perceber.

É como se o mundo inteiro desmoronasse dentro de você.
É só raiva, nada mais.

Câmbio, desligo.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Um buraco pro céu.

Sim, procurei fugir um pouco de mim. Encontrei aquele buraco profundo dentro da minha alma que alguns acreditam existir. Tropecei no buraco e quase cai. Parei na sua beira e tentei olhar no fundo, ledo engano, não percebi que esse buraco era um buraco negro de pensamentos. Como seu primo do universo, ele é denso e de tão denso que é, é quase nada. Sugou meus pensamentos como um desentupidor de privada velha. Grudou meus pensamentos em seus tentáculos invisíveis e os jogou lá no fundo sem fim de algum lugar desconhecido. Sim, fiquei sem pensamentos. Fiquei fora do jogo. Sem sentimentos. Não em meu todo, mas numa pequena parte de mim que faz muita diferença. Eu não sabia o que fazer. Muito menos o que pensar. Continuo desse jeito. Talvez estejam concretizando aquele que bombeia sangue dentro de mim, não sei. As vezes acho que escuto barulho de obra no meu interior, talvez seja isso. Esses operários devem ser fruto do espaço vazio deixado por meus pensamentos sequestrados.

Já sei. Vou cavar tão fundo que vou chegar no céu. Passar pelo inferno, pelo Japão e o que mais tiver na minha frente. Não me pergunte porque não tento subir, não saberei responder. Acho que é só vontade de saber dar valor a um nascer do sol. Ou só maldade minha mesmo. Vai saber, sou tão esquisito.

Câmbio, desligo.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Universo Pararelo

É verdade, acredito em universo paralelo. Uma outra dimensão. Acredito num paraíso sincero, lugra de paz no coração. E por vezes tento escapar pra lá. Coloco a mão na moldura e tento puxar o corpo, mas meu corpo é pesado e lento, e o vento é forte me fazendo cair na realidade fria. Mas, teimoso do jeito que sou, não desisto. Já tentei de todas as formas chegar por lá. Já procurei avião, ônibus e cogitei nadar. Mas nada me fez alcançar, quem sabe se algum dia irá.

Preciso voar.

Câmbio, desligo.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Estão roubando meus pensamentos..

As vezes parece que existem criaturinhas pequenas que invadem a mente e assaltam os pensamentos, do nada não tem nada mais. Mas mesmo assim continuo a ver mais e mais. Acho que esses ladrões de pensamentos tem gostado dos meus sonhos e ansêios, tem os tomado de assalto de um jeito tão corriqueiro. Pra quem é que vou reclamar? Tem algum tipo de policia pra esses casos de roubo? Ando com medo, agora. Não que meus pensamentos sejam de grande valor, mas eu meio que me sinto nú sem eles, entende? Meio que sem roupa, sem dente. Não consigo mastigar os fatos direito sem meus pensamentos de sempre. Fica dificil digerir quando tudo vem inteiro, sem um leve teor de pensamento meu. Acho que o único jeito é escreve-lôs antes que os assaltantes cheguem. Quem sabe depois, quando encontrar um lugar seguro, eu posso coloca-los novamente na mente.

Câmbio, desligo.

domingo, 26 de setembro de 2010

Parabéns, Betinho!



Que os anos não sejam esquecidos, que as lembranças não sejam perdidas, pois tudo aquilo que se foi vivido continua a iluminar nossas vidas. Que seu caminho esteja repleto de sorte, como aquela que nos fez amigos. Que seu coração permaneça firme e forte para continuar a bater por vários tantos anos. Que lá na frente, talvez bem antes, façamos mais próximos nossos caminhos, nossos dias volte a ser compartilhados e os tantos sorrisos novamente divididos.

Muita felicidade, saúde e paz. E sorte, você sempre a teve como companheira, não é? 
E não esqueça, meu irmão, estou aqui pra quando você precisar.

Feliz aniversário.

Câmbio, desligo.

Vejo

Vejo a noite vindo de um veleiro, vejo a noite sobre um vilarejo. Vejo o vento, pura ventânia. Vejo vindo vento de alegria. Vejo quem não queria ver. Vejo gente sem reconhecer. Vejo verbos soltos sem versos onde se prender. Vejo de lampejo o vilarejo, esse que tanto almejo. Vejo multidões de verões, vejo verões em meio a tantas multidões. Versejo vilarejos e palavras de um veleiro. Vejo devâneio, ansêio em desespero. Deixo minha alma solúvel em pó, deixo minhas mãos sozinhas, a sós.

Vejo a noite vindo de um vilajeiro, vejo a noite indo em um veleiro.

Vejo pó. Sem nada mais.
Vejo a noite só.. e tão fugaz. 

Câmbio, desligo.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Dia de Merda

Não tenho tido muito tempo, na verdade não é falta de tempo, talvez falta de cabeça para tal, pois bem, diante da minha falta de criatividade recorro ao Ilustre escritor Fernando Verissímo e garanto alguns bons risos com a leitura desse texto leve e fedorento. Sem mais a relatar, até a próxima.


DIA DE MERDA
O que é um peido para quem está todo cagado?

A expressão do título é conhecida de todos, mas o texto que a originou é menos. É um texto de Luis Fernando Veríssimo incluído na obra Veríssima que ele fez numa viagem para Miami.
Só o li recentemente e transcrevo abaixo. Quem não conhece, leia. Vale a pena....

'Aeroporto Santos Dumont , 15:30..

Senti um pequeno mal-estar causado por uma cólica intestinal, mas nada que uma urinada ou uma barrigada não aliviasse.

Mas,atrasado para chegar ao ônibus que me levaria para o Galeão, de onde partiria o vôo para Miami, resolvi segurar as pontas. Afinal de contas são só uns 15 minutos de busão.'Chegando lá, tenho tempo de sobra para dar aquela mijadinha esperta, tranqüilo, o avião só sairía às 16:30'.

Entrando no ônibus, sem sanitários. Senti a primeira contração e tomei consciência de que minha gravidez fecal chegara ao nono mês e que faria um parto de cócoras assim que entrasse no banheiro do aeroporto.

Virei para o meu amigo que me acompanhava e, sutil falei:

'Cara, mal posso esperar para chegar na merda do aeroporto porque preciso largar um barro.'

'Nesse momento, senti um urubu beliscando minha cueca, mas botei a força de vontade para trabalhar e segurei a onda.'

O ônibus nem tinha começado a andar quando, para meu desespero, uma voz disse pelo alto falante: 'Senhoras e senhores, nossa viagem entre os dois aeroportos levará em torno de 1hora, devido a obras na pista.

'Aí o urubu ficou maluco querendo sair a qualquer custo'. Fiz um esforço hercúleo para segurar o trem merda que estava para chegar na estação ânus a qualquer momento. Suava em bicas. Meu amigo percebeu e, como bom amigo que era, aproveitou para tirar um sarro.

O alívio provisório veio em forma de bolhas estomacais, indicando que pelo menos por enquanto as coisas tinham se acomodado. Tentava me distrair vendo TV, mas só conseguia pensar em um banheiro, não com uma privada , mas com um vaso sanitário tão branco e tão limpo que alguém poderia botar seu almoço nele. E o papel higiênico então: branco e macio, com textura e perfume e, ops, senti um volume almofadado entre meu traseiro e o assento do ônibus e percebi, consternado, que havia cagado. Um cocô sólido e comprido daqueles que dão orgulho de pai ao seu autor.

Daqueles que dá vontade de ligar pros amigos e parentes e convidá-los a apreciar na privada.

Tão perfeita obra, dava pra expor em uma bienal.

Mas sem dúvida, a situação tava tensa. Olhei para o meu amigo, procurando um pouco de piedade, e confessei sério:

'Cara, caguei!'

Quando meu amigo parou de rir, uns cinco minutos depois, aconselhou-me a relaxar, pois agora estava tudo sob controle.

'Que se dane, me limpo no aeroporto', pensei.

'Pior que isso não fico'.

Mal o ônibus entrou em movimento, a cólica recomeçou forte.

Arregalei os olhos, segurei-me na cadeira mas não pude evitar, e sem muita cerimônia ou anunciação, veio a segunda leva de merda. Desta vez, como uma pasta morna. Foi merda para tudo que é lado, borrando, esquentando e melando a bunda, cueca, barra da camisa, pernas, panturrilha, calças, meias e pés.

E mais uma cólica anunciando mais merda, agora líqüida, das que queimam o fiofó do freguês ao sair rumo a liberdade. E depois um peido tipo bufa, que eu nem tentei segurar. Afinal de contas, o que era um peidinho para quem já estava todo cagado....

Já o peido seguinte, foi do tipo que pesa. E me caguei pela quarta vez. Lembrei de um amigo que certa vez estava com tanta caganeira que resolveu botar modess na cueca, mas colocou as linhas adesivas viradas para cima e quando foi tirá-lo levou metade dos pêlos do rabo junto. Mas era tarde demais para tal artifício absorvente. Tinha menstruado tanta merda que nem uma bomba de cisterna poderia me ajudar a limpar a sujeirada.

Finalmente cheguei ao aeroporto e saindo apressado com passos curtinhos, supliquei ao meu amigo que apanhasse minha mala no bagageiro do ônibus e a levasse ao sanitário do aeroporto para que eu pudesse trocar de roupas. Corri ao banheiro e entrando de boxe em boxe, constatei falta de papel higiênico em todos os cinco.

Olhei para cima e blasfemei: 'Agora chega, né?'

Entrei no último, sem papel mesmo, e tirei a roupa toda para analisar minha situação (que concluí como sendo o fundo do poço) e esperar pela minha salvação, com roupas limpinhas e cheirosinhas e com ela uma lufada de dignidade no meu dia.

Meu amigo entrou no banheiro com pressa, tinha feito o 'check-in' e ia correndo tentar segurar o vôo. Jogou por cima do boxe o cartão de embarque e uma maleta de mão e saiu antes de qualquer protesto de minha parte. 'Ele tinha despachado a mala com roupas'.

Na mala de mão só tinha um pulôver de gola 'V'.

A temperatura em Miami era de aproximadamente 35 graus.

Desesperado comecei a analisar quais de minhas roupas seriam, de algum modo, aproveitáveis.. Minha cueca, joguei no lixo. A camisa era história.
As calças estavam deploráveis e assim como minhas meias, mudaram de cor tingidas pela merda . Meus sapatos estavam nota 3, numa escala de1 a 10.
Teria que improvisar. A invenção é mãe da necessidade, então transformei uma simples privada em uma magnífica máquina de lavar. Virei a calça do lado avesso, segurei-a pela barra, e
mergulhei a parte atingida na água. Comecei a dar descarga até que o grosso da merda se desprendeu. Estava pronto para embarcar.

Saí do banheiro e atravessei o aeroporto em direção ao portão
de embarque trajando sapatos sem meias, as calças do lado avesso e molhadas da cintura ao joelho (não exatamente limpas) e o pulôver gola 'V', sem camisa. Mas caminhava com a dignidade de um lorde.

Embarquei no avião, onde todos os passageiros estavam esperando o 'RAPAZ QUE ESTAVA NO BANHEIRO' e atravessei todo o corredor até o meu assento, ao lado do meu amigo que sorria.

A aeromoça aproximou-se e perguntou se precisava de algo.

Eu cheguei a pensar em pedir 120 toalhinhas perfumadas para disfarçar o cheiro de fossa transbordante e uma gilete para cortar os pulsos, mas decidi não pedir:

'Nada, obrigado.'

Eu só queria esquecer este dia de merda. Um dia de merda...

* Luis Fernando Veríssimo*


domingo, 19 de setembro de 2010

Queria fazer da vida..

Queria fazer da vida poesia
 Da canção, pura melodia
Da dor.. amor..
Queria fazer do mundo, feliz..
Da distância, saudade
Da ilusão, realidade

Quem sabe se tudo isso eu conseguisse
Se nada mais me faltasse
O que seria de mim?
Quem sabe se tudo fosse simples assim
Sem nenhuma complicação
Sem medo, ou qualquer outra emoção
Como seria aqui?

Talvez eu prefira desse jeito
Com todos esses defeitos
Que no fundo são perfeição

Talvez seja assim mesmo
Desse jeito, meio sem jeito..
Desse fim em eterna continuação..

Câmbio, desligo.


sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Blog da Lorena

Quero ser o teu amigo. Nem demais e nem de menos.
Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo, mas confesso é tão difícil aprender!
E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias… Te amo, pequena!
Fernando Pessoa

Peguei esse poema do blog da Lorena ( - http://loreenaribeiro.tumblr.com/ ) e como adoro Fernando Pessoa trouxe-o pra cá.

É pra você, minha cara, minha Carolina. 

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Um nó diferente..

As vezes a vida dá um nó na gente e não importa qual agente chegue não consegue desatar. É um nó fino e quente que a gente sente sempre um pouco antes de deitar. Nó que se esconde lá dentro, mas por vezes quer se mostrar. Vem e quer ficar. Desses que pra ninguém você quer contar, mas num segundo de fraqueza escapam num olhar. Se dá de um jeito diferente, desses jeitos que só a vida sabe dar. E não adianta lutar, quanto mais você mexer, mais firme ele vai ser. O segredo pra desatar esses nós só o tempo vai dizer. 

Só nos resta esperar.

Câmbio, desligo. 

Para os que já frequentam, mil desculpas, pois sim, esse texto já foi publicado aqui, só modifiquei pouca coisa, mas quero que compreendam que por conta da quantidade de leitores (muito obrigado a todos!) que tem crescido, sinto que nem todos tem tempo para olhar os arquivos. Sendo assim, tomei a ousadia de republicar.

Repetirei uma vez a cada duas semanas e contarei com ajuda de vocês para escolher qual será postado novamente, lembrando que sempre farei algumas modificações, pois já não sou o mesmo que escreveu, nem você o mesmo que leu.

Desde já, agradeço!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Um mundo novo, igualzinho a esse, velho..

Queria escrever um mundo, mas nem uma penisula saiu. Tentei escrever forçado, mas o ridiculo de mim riu. Queria dizer tudo que quero, falar o que espero, gritar meus tantos medos, chorar tantos apelos. E se eu conseguisse escrever um mundo, quem sabe o que ele faria? Talvez me engolisse com suas mágoas turbulentas ou talvez eu flutuaria. Não sei bem a verdade, nunca achei que sabia, tudo é pura vaidade com um pouco de alegria.

Queria contar dos sonhos, desses tantos que vivo com você. Quero contar dos beijos que se ausentam sem te ter, ou quem sabe dos abraços que tanta falta fazem aqui, queria mesmo era os encontros que vez em quando faço pra ti. Das horas em que descanso dessa insânidade racional, dos braços que afugentam todo tipo de mal..

Queria um mundo novo, igualzinho a esse, velho. Mas com um pouco mais de você, um pouco menos de mim, ou quem sabe assim, sem tirar nem pôr, ou quem sabe pra mim.. Quem sabe chegou?


Câmbio, desligo.

domingo, 12 de setembro de 2010

Amizade é semente que eu planto, talismã que eu carrego e fortalece minha crença.

Quero falar de amizade, companheirismo, parceria. Quero falar e viver isso todo dia. Quero esse entendimento mútuo, essa mão amiga, esse abraço confortante, quero meus amigos a todo instante.

Muitos dizem que amizade é momento, depois passa e vai embora. 

Não sou dos que acreditam nisso.. Pra mim amizade é muito mais, muito mais que tempo, que presença ou oportunidade. Amizade é semente que eu planto, talismã que eu carrego e fortalece minha crença.. de que vale viver muito mais, em paz, nada mais.

E quando você se sente mais sozinho, sem chão, solidão.. Buscando algo que te faça sorrir, gritar, dançar, e quando tudo parece que vai desmonronar, são nessas horas que você encontra em quem se apoiar de verdade, sem lobby, é reciprocidade.

Então, é preciso reconhecer, aprender, saber. É preciso identificar essas pessoas que te arrancam do fundo do poço e te mostram o sol, te enchem de fé, mesmo não sendo Jesus.

Ter alguém em quem você possar confiar, com quem por toda vida você sabe que pode contar..
Câmbio, desligo! (feliz!)
As vezes me deito no céu e fico olhando pro chão.. Chão de areia, de água ou de nuvem, dependo do céu no qual deitar, por vezes depende até do travesseiro no qual me encostar. E os sonhos que tanto que me prendem, flutuam e por vezes me repreendem, são os mesmo que me jogam no chão, me tiram o ar do pulmão, me mostram o quanto sou gente. Esses sonhos que lhe assaltam bem de repente, te mostram um mundo mácio, sem calos nos dedos nem gente que mente. Nesses sonos onde só encontramos amor, alegria, carinho e tambor pra encantar sua mente.

A nuvem parece fumaça..
Tem sonho que parece verdade.. Principalmente quando a gente esquece de acordar.

Câmbio, desligo.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

NOVIDADE NO BLOG!

Opa, pessoal! Tudo bem?

O blog tá com uma novidade agora, duas na verdade. São esses videos ai do lado.. Estarei atualizando quase que diariamente.. Umas 4 vezes por semana.. Nesse de baixo são só clips, esse outro videos de todos os tipos.. Divertidos.. Interessantes.. Polêmicos e talz.

Bom, é só isso.

Espero que gostem.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Quando o medo tentar dominar seu corpo e sua cabeça pesar, se erga, levante o nariz e siga em frente, enfrente. Se ajoelhar e olhar pro chão faz com que aquilo que você teme domine você sem maiores problemas. Sendo assim, crie os problemas, forme o conflito. Não se entregue. Nem sempre conseguirá se manter em pé, mas sempre caíra se não tentar.

Câmbio, desligo.
Quando nossa ausência é sentida é porque nossa presença é marcante.

sábado, 28 de agosto de 2010

Que a força que sonho em ter um dia, seja dada pra você em dobro.
Que a coragem que penso sentir, você tenha pra poder continuar a sorrir.
Que o sorriso vá a tua boca como a mais sincera forma de saudade.
Que a saudade não machuque, nem lhe faça sofrer, mas seja uma luz
iluminando a estrada do seu passado.
E que o seu futuro seja guiado por essa nova estrela brilhante no céu.
Estrela essa que nasceu de um coração terrêno, de um abraço apertado,
e de um olhar carinhoso.
Que você não confunda esse calor no coração com dor
Pois esse calor é o amor em sua mais pura forma
Aquecendo seu corpo e tentando lhe dizer
Que sofrer não é a solução.
É bem melhor manter a acesa a chama no coração e a certeza
de que um dia se encontrarão novamente.

Câmbio, desligo.
Conte comigo.
Por vezes a vida não pede palavras, não pede conselhos nem declarações. Por vezes nem ouvimos direito essas tantas coisas que tantas boas pessoas tentam nos fazer entender. Existe ainda as tantas vezes em que tudo isso se faz necessário pra nos entrenter do acontecimento ao nosso redor, outras que isso torna as coisas pior.

Eu até que teria muitas coisas pra falar, pra comentar, aconselhar, mas vendo as tantas pessoas por lá preferi me retrair e só observar. Ficar no canto, acalmar.

Espero que os momentos felizes sejam os mais fáceis de lembrar, os tantos sorrisos pra recordar. Espero que muitos abraços lhe façam pensar no quão bom foi presenciar, participar. Mas é certo também lembrar que a vida segue, e não deve parar, que de onde quer que ele esteja vai pra ti olhar, cuidar, zelar.

Por vezes a vida não pede palavras, não pede conselhos nem declarações.. Por vezes a vida só pede corações, orações, canções.. 

Câmbio, desligo.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Não perca tempo.

Vidas sofridas.
Vidas nobres, vidas vida.
Daquelas que apertam o coração.
Vidas sem verão.

Achei quem nunca teve férias
E também quem não sai delas.

Talvez um pouco de pão,
outro tanto de feijão.
Em algumas casas encontrei esperança
em outras nem tanta.
Talvez uma pitada de alegria
misturada com a dor,
com o desespero e o amor
de quem vive assim,
sem água encanada ou gasolina,
sem comida da boa ou tv,
sem carro ou sem quarto
vivendo só de vida, vida que mesmo sofrida,
lutam para manter.

Mas muito mais que isso
Achei simpliscidade,
descobri gratidão.

Presenciei um sorriso sem pudor
no meio de tanto sofrimento.
Sorriso que vem de dentro
sem esforço ou empurrão.
Sorriso de coração.

Do coração de uma criança
que no meio da lama
brinca com uma bola rasgada
e no meio de uma pernada
escorrega e vai ao chão.
Fiquei um tanto quanto tocado,
sentido e emocionado.
Jurando mudar esse quadro
de pobreza e humilhação.
Mas agora cá estou
sentando em frente ao meu computador,
de banho tomado e barriga cheia,
ar ligado e pé na meia,
falando do sofrimento de um povo
que só lamento não poder ajudar.
E fico sentado.
Sigo sentado.

Mas, vocês que provavelmente nunca lerão isso aqui,
até porque não sabem ler,
não pensem que estou parado,
só falei que estou sentado.

Câmbio, desligo.
São só retalhos de uma poesia.
Só retalhos noite e dia.
Meras frases de uma canção.
Solidão, solidão.

É noite que vira dia.
É sol que teima em ser lua.
É mentira, nua e crua.

É canção pra acordar.
Barulho pra se dormir.
É o contrário do que se acredita.

É a vida, só a vida.

Câmbio, desligo.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Chico Xavier dizia que Deus nos dava uma página em branco todo dia. É pensando nessa nesse livro da vida que vejo o quanto é fácil escrever aqui. Usando um teclado e um pouco de carinho. Aqui eu posso apagar, como fiz tantas vezes nesse mesmo texto, posso editar, cancelar, trapacear. Fiquei pensando em como treinar pra escrever na página branca citada por Chico. Pensei por muito tempo e cheguei a conclusão, obvia, que não é possivel treinar. Ha! Tem que acertar de primeira, man.

Mas colhi algo de bom dessa mini reflexão. A tal da borracha. Ela é a desculpa, o perdão. Use sempre que precisar, não fique intimidado, mas cuidado, ela, assim como sua prima que carregamos na bolsa, pode ficar gasta e suja. É bom também não escrever com muita força, pra não quebrar a ponta do lápis ou rasgar o papel, mas tenha mais cuidado ainda em não ser delicado demais, como já falei, as palavras podem ficar invisíveis.

Antes de mudar o lápis ou as idéias, analise melhor o papel ou onde você o apoiou. Por vezes você culpa a causa errada.

 
Câmbio, desligo.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Por vezes sinto a necessidade de saber onde você está. Sinto a vontade de ouvir sua voz no ar, te tocar. Outras tantas vezes fico a te imaginar, à lembrar, cantarolar ao mar.


Câmbio, desligo.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Ele estava lá. Sentado sozinho num banco de pedra. Frio. Ele sentia frio. E um vazio, um certo vazio que teimava em não se preencher. Talvez fosse só a camisa, que por ele esta inclinado pra frente, não tocava seu peito. Talvez fosse a adrenalina no corpo, ou a razão na mão. Ele já não sabia ao certo. O idiota continuo sentado por vários minutos, parecendo que tinha matado alguém com aquele rosto de dor. Pura besteira. Ele foi tão idiota que não percebia que não tinha nada a fazer. Pura ingenuidade daquele pobre garoto egoísta. Era culpa da sua vontade de ajudar, de querer proporcionar o melhor, que ele destruía o que foi bom. Coitado, e enquanto tentava consertar esmigalhava. Gerava dúvida. As dava asas, mesmo sem saber. Pobre animal sentimental.

- Garoto bobo, você não pode ajudar tão de perto pois o problema é você, idiota.

Ele acreditou e levantou. Saiu, mas dessa vez não cantarolou. 

Se foi, calou. Pensou, mas não falou. Decidiu sumir, não se achou. 

Câmbio, desligo.  

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Fui Pixote, sei andar na escuridão.
Enfrentar moinho, derrubar dragão.
Cavaleiro Andante, sei andar sozinho.
Dom Quixote não tem medo de alucinação.
Desde do saco do meu pai tô na batalha.
Não nasci pra ser esparro de canalha!

Gabriel O Pensador.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Ele sempre olha pela janela. Sempre olha pro mar. 

E lá estava ele sentado no canto do ônibus com o livro aberto nos braços. E lá estava o outro, estirado descansando, deitado se renovando com cada onda que quebrava na beira. Lá estava o outro, tão gigante e pesado, tão deitado e cansado, por tantos tão maltratado. Lá estavam eles, um olhando pro outro, querendo se encontrar, novamente compartilhar a alegria de surfar. Lá estavam os dois, tão sozinhos com tanta gente. Tão sós, tão diferentes.

Talvez ele olhasse pro mar porque o intrigava aquela imensidão, ou quem sabe fosse só a ilusão hipnótica que o mar transmite pra gente? Talvez ele nem olhasse pro mar e sim pr'aquelas tantas nuvens vindo lá longe, como um exército marchando pra guerra, ou uma fanfarra em passarela. Mas, cá entre nós, eu acho mesmo é que ele olhava pro horizonte acima do mar, pro desconhecido por ele. Era vontade de andar. Pode até ser que eu tenha me enganado, mas acho que era isso mesmo que ele olhava. Ele achava interessante essa coisa que nos liga mesmo tão distante. Água.Talvez fosse só curiosidade, ou quem sabe fantasia. Sei que ele não tirava os olhos... E o outro nunca saia de lá, sempre o esperava em todos os fins de manhã, inevitavelmente no mesmo lugar, mas sempre em movimento.

Ele sempre olha pela janela, sempre em busca do mar.

Câmbio, desligo.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Queria muito escrever, falar de algo que não sei oque. Queria tanto relatar, deixar sair.. extravasar. Então, me vejo em frente ao computador, meu confidente confiável para esses momentos confusos. Mãos no teclado, olhos na tela.. E.. Nada. Nada sai, nada quer falar, digitar, sei lá. Insisto com meus dedos trêmulos, os insulto! Mas, pobres dedos, qual culpa eles tem? E é dificil você xingar sua cabeça, pois é ela que estaria se xingando. Mas, ok, volto a xingar os dedos. Esses dedos imprestáveis. Então vou procurar a tal criatividade que tantos dizem que tenho. Cadê? Procurei em baixo da cama, dentro do ármario, na gaveta do criado mudo.. Essa danada sabe se esconder, einh? Corro pra cozinha, procuro no fogão, na geladeira, encontro o pouco de fome e uma goiaba verde, mato a fome e a goiaba, mas nada dessa danada dessa criatividade. Vou pro banheiro, procuro dentro do vaso, na pia, tiro a tampa do chuveiro e procuro por lá também, cara, ela é boa nisso, nesse tal de esconde-esconde.
Então resolvo desistir. Deito na cama com a janela aberta, pois o tal condicionador de ar quebrou. Enquanto estou começando a cochilar percebo quem me olha na surdina da janela, como quem procura o procurador. A minha criatividade.. Pena que o sono já tinha tomado conta do meu corpo, não consegui levantar e ir lá botar ela no seu lugar. Acho que ela foi passear um pouco.. Talvez ela saiba que eu preciso de um tempo a sós com a realidade nua e crua. Talvez ela só queira um pouco de férias de mim. Já não sei. 
Câmbio, desligo.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Prefiro um quarto escuro, num prédio calmo, num bairro tranquilo de uma cidade silênciosa. Prefiro ser secreto que externado. Ser escondido que apresentado. Acho que só um quarto escuro, num prédio calmo já faria bem, pois prefiro o anônimato que o estrelato, o sorriso que a palavra, o medo que a paixão. Ainda tem as vezes, tantas vezes essas que certamente são maioria, que prefiro escuridão que ousadia, sombra que claridade, sossego que agitação. Talvez um quarto escuro, com uma breve iluminação dos postes lá de fora que teimam em entrar pela fresta da janela já sirva.. talvez só um quarto, sem vela, sem medalhada, nem cadeira, muito menos computador. Talvez só escuro. Mais nada, nem voz! Principalmente sem voz. É, talvez só escuro. Escuro e uma cama pra poder deitar. Estrelas que não brilham acho que combinariam comigo. Gostaria de ficar olhando para elas, mesmo sem vê-las. Deitado numa cama escura no escuro do quarto que não existe. Sonhando ver coisas que não estão ali, ou deixando de ver as tantas que estão pelo meu simples medo da luz. Acho melhor voltar pra cama e deitar na escuridão. Dormir. Sonhar. Pois é quando tudo está escuro ao meu redor que consigo enxergar mais claramente.

Câmbio, desligo.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Breve releitura dos artigos 1º ao 12. Depois postarei até o artigo 31. Boa leitura.

Código Penal

Do artigo 1º ao 4º trata da lei no tempo.

Trazendo o principio da anterioridade da lei (1º). Trazendo a retroatividade da lei penal para beneficio do réu (art. 2º). Esclarece sobre as leis temporárias, dizendo que mesmo que seu período de vigência tenha terminado ela continua a reger os atos cometidos enquanto ela estava vigente (3º). Identifica o tempo do crime como o do ato ou omissão, ainda que o resultado seja em outro período (art. 4º).

Do artigo 5º ao 9º trata da lei no espaço.

O art. 5º vem explicar que se aplica a lei brasileira ao crime cometido em território nacional. Traz também que para efeitos penais consideram-se aeronaves e embarcações, de natureza pública ou a serviço do governo onde quer que se encontrem. Bem como aeronaves e embarcações brasileiras, mercantes ou privadas, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo brasileiro ou em alto-mar. Esse artigo também deixa claro que crimes cometidos em aeronaves ou embarcações estrangeiras, mas que se encontram, respectivamente, pousadas em território nacional ou espaço aéreo correspondente, ou atracadas em porto brasileiro ou em mar territorial nacional, são regidos pelo ordenamento jurídico brasileiro.

O art. 6º vem esclarecer as duvidas sobre o local do crime. Ele diz que o local do crime se dá onde ocorreu a ação ou omissão, em todo ou em parte, ou onde se produziu, ou iria produzir, o resultado.

O art. 7º elenca os crimes que mesmo cometidos em território estrangeiro está sujeito ao ordenamento jurídico brasileiro. Entre eles está o atentado ao Presidente da República.

O art. 8º diz que a pena cumprida no estrangeiro atenua a imposta pelo Brasil pelo mesmo crime quando são diferentes, ou nela é computada, quando idênticas.

O art. 9º trata da homologação de sentença estrangeira no Brasil, dizendo que esta pode ser homologada em caso de obrigar o condenado a reparação de danos, a restituições, dentre outros efeitos civis, essa homologação fica a depender de pedido da parte interessada; sujeitá-lo a medida de segurança. Para os outros efeitos vai depender da existência de tratado de extradição com o país cuja autoridade judiciária emanou a sentença, ou, quando não existe esse tratado, de requisição do Ministro da Justiça.

Contagem de prazo. O art. 10 diz que o dia do começo esta incluído no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum.

O art. 11 trata das frações não computáveis da pena, que nas privativas de liberdade e restritivas de direitos são as frações de dia, e nas de caso pecuniária as frações de real (por interpretação extensiva).

Art. 12 trata da legislação especial dizendo que aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial as regras gerais deste Código, se esta não dispuser de modo divergente.