quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Ele estava lá. Sentado sozinho num banco de pedra. Frio. Ele sentia frio. E um vazio, um certo vazio que teimava em não se preencher. Talvez fosse só a camisa, que por ele esta inclinado pra frente, não tocava seu peito. Talvez fosse a adrenalina no corpo, ou a razão na mão. Ele já não sabia ao certo. O idiota continuo sentado por vários minutos, parecendo que tinha matado alguém com aquele rosto de dor. Pura besteira. Ele foi tão idiota que não percebia que não tinha nada a fazer. Pura ingenuidade daquele pobre garoto egoísta. Era culpa da sua vontade de ajudar, de querer proporcionar o melhor, que ele destruía o que foi bom. Coitado, e enquanto tentava consertar esmigalhava. Gerava dúvida. As dava asas, mesmo sem saber. Pobre animal sentimental.

- Garoto bobo, você não pode ajudar tão de perto pois o problema é você, idiota.

Ele acreditou e levantou. Saiu, mas dessa vez não cantarolou. 

Se foi, calou. Pensou, mas não falou. Decidiu sumir, não se achou. 

Câmbio, desligo.  

Um comentário:

  1. Êita que baita conflito! Sem conflito não existe história,me senti assim enúmeras vezes,porém descobri que existia um imenso prazer em mim quando podia ser útil e ajudar,então quando amadureci aprendi a dizer não e isso me deu liberdade para ajudar quem realmente queria minha ajuda,aprendi a saber aonde sou chamada e se aquela pessoa quer ser ajudada de verdade. Existe um grande crescimento em ser idiota,pois as pessoas que nos fazem sentir assim,são as que nos ensinam olhar para nós e a dizer sim pra gente em primeiro lugar.Nos ensinam que a vida é feita de escolhas.Então,escolha primeiro o que te acrescenta. Montão de bjs e abraços
    Elaine Barnes

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